Quadrilhas ’on-line’
Bandidos usam telefones e walkie-talkies para abrir caminho
RIO (Extra) - Como se não bastasse o uso de falsos reboques, as quadrilhas sofisticaram o roubo de veículos, utilizando aparelhos de comunicação. Quinta-feira passada, agentes da Metropol III (Tijuca) prenderam dois ladrões de carro com três walkie-talkies, no Grajaú, bairro da Grande Tijuca, região considerada crítica pela DRFVAT.
A formação intelectual dos criminosos também acompanhou o arrojo. A maioria possui o Segundo Grau completo e até nível superior, incrementando ainda mais os métodos utilizados pelos bandos, que agem mediante encomendas. Cada serviço rende até R$ 5 mil, dependendo do carro.
Filho de um ex-diplomata sueco, Egon Sapieha, por exemplo, tem oito mandados de prisão expedidos contra si. Seu sócio, Emanoel Ferreira, foi preso em 1997. Outro procurado pela polícia é Emiliano Nascimento Ferreira, o Minho, que atua em Laranjeiras. O relato das vítimas contém surpresa durante os assaltos. Em 31 de outubro, o empresário M.T. foi abordado por um homem armado e vestido de blazer, na esquina da Avenida Vieira Souto com a Rua Aníbal de Mendonça, em Ipanema. O assaltante assumiu a direção da Pajero (KNR-3882, modelo 98) e tomou o rumo do Túnel Rebouças.
Durante todo o percurso, o bandido conversou com os comparsas, trocando informações sobre a melhor rota de fuga. O empresário conta que, para despistar, o marginal falava uma série de gírias. M.T. acompanhou o grupo até a rampa de descida do Elevado Paulo de Frontin, na Praça da Bandeira, onde foi liberado.
No último dia 21 de dezembro, a empresária A.F. teve sua Toyota Hylux (KMF-5096) levada por um homem bem vestido na Rua Dias Ferreira, no Leblon. Assim como M.T., A. também foi assaltada no final da noite por um marginal que mantinha comunicação com outros marginais. Com um walkie-talkie, ele era orientado pelo resto da quadrilha.
Velhos golpes preocupam
Outro problema da DRFVAT é a falta de fiscalização sobre os ferros-velhos e as oficinas de desmanche do estado. Há 600 estabelecimentos cadastrados na delegacia, mas estima-se que haja mais de dois mil ilegais no Grande Rio. Segundo a polícia, donos de ferros-velhos clandestinos contratam ladrões, encomendando carros populares para revender as peças e faturar o triplo do valor do veículo.
Há ainda uma forma de crime conhecida como golpe do salvado, na qual automóveis degradados são arrematados por preços baixos nos leilões das seguradoras. O objetivo do negócio não é o carro, mas o chassis, que é usado para "esquentar" a carcaça de outro veículo idêntico àquele modelo, roubado por encomenda.
Em seguida, um remarcador faz o "transplante" da carroceria para que esse carro "novo" seja vendido. O comprador só irá descobrir a fraude quando pagar o IPVA, no Detran, onde o veículo estará registrado em nome de outra pessoa.
Outra forma de golpe é aplicada pelo próprio dono do automóvel, que o vende a um ferro-velho e registra o fato na delegacia como roubo, para receber o dinheiro do seguro.
Existem também empresas recuperadoras de veículos que cobram um resgate das seguradoras, que preferem pagar até 40% do preço de mercado do carro a ter de desembolsar o valor do seguro.
Ligavam para dar as dicas de trânsito
A picape Pajero do empresário M.T. foi roubada em outubro de 1998, por uma quadrilha que se comunicava pelo celular
RIO (Extra) - Como se não bastasse o uso de falsos reboques, as quadrilhas sofisticaram o roubo de veículos, utilizando aparelhos de comunicação. Quinta-feira passada, agentes da Metropol III (Tijuca) prenderam dois ladrões de carro com três walkie-talkies, no Grajaú, bairro da Grande Tijuca, região considerada crítica pela DRFVAT.
A formação intelectual dos criminosos também acompanhou o arrojo. A maioria possui o Segundo Grau completo e até nível superior, incrementando ainda mais os métodos utilizados pelos bandos, que agem mediante encomendas. Cada serviço rende até R$ 5 mil, dependendo do carro.
Filho de um ex-diplomata sueco, Egon Sapieha, por exemplo, tem oito mandados de prisão expedidos contra si. Seu sócio, Emanoel Ferreira, foi preso em 1997. Outro procurado pela polícia é Emiliano Nascimento Ferreira, o Minho, que atua em Laranjeiras. O relato das vítimas contém surpresa durante os assaltos. Em 31 de outubro, o empresário M.T. foi abordado por um homem armado e vestido de blazer, na esquina da Avenida Vieira Souto com a Rua Aníbal de Mendonça, em Ipanema. O assaltante assumiu a direção da Pajero (KNR-3882, modelo 98) e tomou o rumo do Túnel Rebouças.
Durante todo o percurso, o bandido conversou com os comparsas, trocando informações sobre a melhor rota de fuga. O empresário conta que, para despistar, o marginal falava uma série de gírias. M.T. acompanhou o grupo até a rampa de descida do Elevado Paulo de Frontin, na Praça da Bandeira, onde foi liberado.
No último dia 21 de dezembro, a empresária A.F. teve sua Toyota Hylux (KMF-5096) levada por um homem bem vestido na Rua Dias Ferreira, no Leblon. Assim como M.T., A. também foi assaltada no final da noite por um marginal que mantinha comunicação com outros marginais. Com um walkie-talkie, ele era orientado pelo resto da quadrilha.
Velhos golpes preocupam
Outro problema da DRFVAT é a falta de fiscalização sobre os ferros-velhos e as oficinas de desmanche do estado. Há 600 estabelecimentos cadastrados na delegacia, mas estima-se que haja mais de dois mil ilegais no Grande Rio. Segundo a polícia, donos de ferros-velhos clandestinos contratam ladrões, encomendando carros populares para revender as peças e faturar o triplo do valor do veículo.
Há ainda uma forma de crime conhecida como golpe do salvado, na qual automóveis degradados são arrematados por preços baixos nos leilões das seguradoras. O objetivo do negócio não é o carro, mas o chassis, que é usado para "esquentar" a carcaça de outro veículo idêntico àquele modelo, roubado por encomenda.
Em seguida, um remarcador faz o "transplante" da carroceria para que esse carro "novo" seja vendido. O comprador só irá descobrir a fraude quando pagar o IPVA, no Detran, onde o veículo estará registrado em nome de outra pessoa.
Outra forma de golpe é aplicada pelo próprio dono do automóvel, que o vende a um ferro-velho e registra o fato na delegacia como roubo, para receber o dinheiro do seguro.
Existem também empresas recuperadoras de veículos que cobram um resgate das seguradoras, que preferem pagar até 40% do preço de mercado do carro a ter de desembolsar o valor do seguro.
Ligavam para dar as dicas de trânsito
A picape Pajero do empresário M.T. foi roubada em outubro de 1998, por uma quadrilha que se comunicava pelo celular
O cara era educado. Ele só puxou uma 9mm e queria me levar junto, mandando que não olhasse para o rosto dele. Vi que havia outros dois caras dentro de uma Parati que vinha atrás. Pelo celular, alguém ligava para ele, dando orientações do trânsito e da presença da polícia. "Dobra pra lá. Dobra pra cá".
Há três anos, tive um Omega Suprema roubado na Avenida Epitácio Pessoa, na Lagoa, perto da minha casa, por um sujeito bem mais rude. Mas o que me assaltou em Ipanema estava perfumado, vestia paletó, camisa rolé, usava óculos de aro. Ele era jovem, de uns 28 anos, mulato, cabelo baixinho, barba feita. Ele ainda levou o meu celular, mas me deixou ficar com a bolsa da minha mulher. Acho que levaram esse carro para o Paraguai.

3 Comments:
Egona Rangel Sapieha é uma ladra e criminosa. Ele deveria pegar a pena de morte. Minha filha foi estuprada por aquele viciado em drogas imundo. Eu estou implorando a Deus para entrar em minhas mãos
I am interested in Egon Sapieha and his criminal activity. Please can you confirm your e-mail address so I can contact you about this? I want to help.
Happiness, could you contact me ASAP at karin.duarte@g.globo?
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