Dias de Notícias

Notícias escritas e assinadas por mim, Marcelo Dias, a partir de 1998.

quinta-feira, julho 29, 1999

Caxias ensina a usar plantas medicinais

Projeto prevê a construção de um posto de saúde que utilizará a fitoterapia

RIO (Extra) - A Secretaria de Saúde de Duque de Caxias se prepara para aplicar a teoria criada por Lavoisier: "Na natureza, nada se cria, nada se perde. Tudo se transforma". Com o Programa de Fitoterapia, a população de Caxias está aprendendo a tirar da natureza o remédio para seus males. São palestras e cursos gratuitos que ensinam a cultivar as plantas, reconhecer espécies e preparar chá e xaropes. A idéia está dando tão certo que em 90 dias sairá do papel um projeto para a construção de um posto de saúde que irá utilizar a fitoterapia para combater problemas respiratórios, intestinais e até contusões, entre outros males. Se o projeto der certo, será adotado na rede hospitalar de Caxias.

Nos cursos, que duram até 45 dias, são ensinadas à população técnicas de cultivo, identificação de ervas, receitas, além de informações agronômicas e sobre os princípios ativos das plantas. A inscrição para os curso pode ser feita pelo telefone 776-4235 (ramal 234). Para isso, é necessário também o interesse da comunidade, que deve formar grupos e indicar um local para a sala de aula.

O projeto do "posto de saúde natural" terá uma unidade-piloto instalada em um bairro a ser escolhido e o trabalho de pesquisa será desenvolvido junto com a Universidade do Grande Rio.

- A fitoterapia ainda não tem muita credibilidade devido à forte pressão dos grandes laboratórios. O Ministério da Saúde tem um estudo sobre o uso de ervas medicinais e a nossa intenção é desenvolver um polo referencial no estado. Assim que houver aceitação popular, expandiremos o projeto para toda a rede - explica o secretário de Saúde, Danilo Gomes.

As plantas serão cultivadas no horto florestal. Há dez anos, a extinta Central de Medicamentos tentou emplacar a fitoterapia em Duque de Caxias, mas fracassou. No Rio, um laboratório oficial na Ilha do Governador produz xaropes e remédios naturais usados na rede municipal.

- Trata-se de um trabalho de longo prazo que procura oferecer alternativas ao tratamento tradicional, muitas vezes caro para as pessoas. O Brasil é riquíssimo em flora medicinal e precisamos aproveitar isso - afirma Gomes.

A coordenadora do Programa de Fitoterapia, Sandra Rosa, lembra que os chás se destinam ao tratamento de males simples e que, mesmo assim, é preciso que haja orientação médica.

quarta-feira, julho 28, 1999

A polêmica em pílulas

Médicos divergem sobre aminoácidos, adotados para ganhar massa muscular

RIO (Extra) - A polêmica está à mesa e à disposição de qualquer um em farmácias e lojas especializadas. Formados a partir da quebra das proteínas, os aminoácidos, substâncias que produzem energia, recuperam e aumentam a massa muscular - e, por isso, bastante em voga entre jovens a procura de um corpo mais definido -, dividem opiniões entre os especialistas. Uma corrente defende o seu uso, desde que haja acompanhamento médico. Outra, abomina-o.

E em tempos de culto ao corpo e de superação de limites, como nos Jogos Pan-Americanos, o assunto ganha mais força. Mas em um ponto os médicos concordam: o uso indiscriminado desses líquidos e pílulas pode levar à falência renal e à intoxicação cerebral. O médico Joaquim da Matta, membro da comissão técnica do Botafogo e ex-seleção brasileira, diz que os aminoácidos só têm efeito se usados em combinação com uma carga de exercícios e com uma dieta balanceada:

- A ingestão do aminoácido manufaturado libera o organismo do trabalho de quebrar as proteínas encontradas nos alimentos, ganhando tempo para economizar energia. Uma pessoa em busca de massa muscular sente os efeitos em dois meses.

Para o cardiologista Cláudio Gil Araújo, os aminoácidos não trazem benefícios.

- O fígado é sobrecarregado por tentar convertê-lo em energia e o rim deixa de filtrar o sangue como antes, aumentando a quantidade de uréia na circulação. Ou seja, há o risco de haver lesões renais e uma chance de se desenvolver até uma cirrose - condena Araújo. - É um problema sério de saúde pública agravado pela sua disseminação entre atletas e pela falta de tratamento médico.

Mas para a coordenadora de nutrição da Advanced Nutrition, que produz os suplementos Nutrisport, Maria Lúcia Vieira, não há provas de que pessoas saudáveis tenham problemas no fígado, pelo uso de aminoácidos. Para evitar que haja sobrecarga renal, recomenda-se beber muito líquido. Quem sofre dos rins não pode tomar aminoácidos, cuja utilização é indicada a partir dos 12 anos.

Dieta equilibrada no lugar das "bolas"

O fato de os aminoácidos não serem regulamentados pelo FDA, órgão que aprova o uso de drogas e alimentos nos Estados Unidos, é outra razão para se buscar a orientação de um nutricionista.

Mas há outras formas de ficar mais forte sem recorrer a bolinhas e xaropes, entre elas adotando-se uma dieta balanceada e exercícios.

- A alimentação deve ser rica em laticínios e carne. A dieta deve ter de 1.300 a 1.500 calorias, sendo 25% de gordura, 60% de carboidratos e 15% de proteínas. O ideal é que a refeição seja uma hora após a musculação - ensina Maria Lúcia.

terça-feira, julho 27, 1999

Em forma e sem cigarro

Santa Casa tem programa que ajuda a parar de fumar sem engordar, com dietas e exercícios

RIO (Extra) - Uma pesquisa do Incor feita com 50 homens e 50 mulheres mostrou que apenas 18 delas conseguiram parar de fumar contra 25 homens que venceram o vício. As que desistiram da guerra contra o fumo confessaram: voltaram a fumar porque estavam engordando. Mas os médicos garantem que é possível largar o vício e continuar usando a calça jeans preferida. A Santa Casa de Misericórdia conta com o Programa de Combate à Dependência da Nicotina, onde os pacientes recebem orientações sobre como parar de fumar sem sair das medidas. A inscrição custa R$ 15.

Segundo a psiquiatra Analice Gigliotti, coordenadora do programa, a principal dificuldade enfrentada no tratamento é a síndrome de abstinência, em que o fumante sente irritabilidade, depressão, insônia e aumento de apetite. Uma das dicas é para ser usada entre as refeições.

- Em vez de comer biscoito, prefira uma cenoura, canela, gengibre e alimentos pouco calóricos - diz Analice, que participará do 1 Simpósio Internacional sobre Tabagismo, que acontecerá de 2 a 4 de agosto, no Rio.

Para Jaqueline Issa, coordenadora de Tratamento contra o Tabagismo do Incor, mudar hábitos alimentares, iniciar atividade física e evitar guloseimas devem estar na programação de quem pretende largar o cigarro:

- O ideal é adotar essas medidas antes mesmo de parar. Isso facilita o processo.

Para contornar a vontade de levar alguma coisa à boca, pode-se lançar mão de cenouras-baby ou biscoito de polvilho. Jaqueline garante que, com ajuda especializada, pode-se até emagrecer:

- Quem tenta parar sozinho tem de 5 a 10% de chances de sucesso. Com acompanhamento, o índice dobra.

DICAS PARA SEU CARDÁPIO

Exercícios


80% dos pacientes da Santa Casa que largaram o vício praticavam algum tipo de exercício.

Água

Beber muita água ajuda a eliminar a nicotina do organismo rapidamente.

Frutas

Prefira a fruta ao suco. Além de engordar menos, o fumante ocupa suas mãos descascando e comendo a fruta.

Cardápio

A dieta deve ter três refeições, com frutas, legumes e verduras no lugar dos alimentos mais calóricos. À tarde, coma meia fruta. Antes de se deitar, biscoito de polvilho.

segunda-feira, julho 26, 1999

Médico vai até a casa do paciente em Meriti

Visita domiciliar garante o tratamento de doentes que não podem andar

RIO (Extra) - Há quatro meses, a costureira Juenice de Carvalho foi aos prantos até a Coordenadoria de Serviços de Saúde de São João de Meriti, implorando ajuda para seu filho, Percílio Francelino Júnior, de 16 anos. O rapaz fraturou as duas pernas em janeiro de 1998 e teve de ser operado, ficando um mês e meio deitado numa cama. Sem condições de se locomover, ele dependia da carona de vizinhos para ir ao médico, ficando mais de três meses sem atendimento. Restava-lhe apenas um sentimento de raiva e impotência diante das muletas.

Assim que voltou para casa, dona Juenice teve uma surpresa: a clínica Nirvan Nascimento, do Projeto Visita Domiciliar, já estava lá examinando o rapaz. Criado há quatro meses pela Secretaria municipal de Saúde de São João de Meriti, o projeto já atendeu a 250 pacientes com doenças crônicas, impossibilitados de andar, que precisam apenas de acompanhamento médico.

O paciente é examinado por um clínico a cada dois meses, recebendo orientações de higiene, imobilização e de alimentação. As visitas são de segunda a sexta-feira.

Atendimento é pedido pelo telefone

Ao todo, Nirvan atende de seis a dez pessoas por semana. Até o fim do mês, a médica deve ganhar a companhia de um auxiliar de enfermagem. Nem é preciso sair de casa para solicitar a visita da médica: basta se cadastrar pelo telefone da Coordenadoria de Serviços de Saúde (651-1220, ramal 351).

Os pacientes também têm exames de rotina, como hemograma e de urina, encaminhados para análise. No caso dos mais complexos, uma ambulância leva o usuário do serviço até o hospital.

- Trata-se de um investimento social, um trabalho de prevenção, desafogando a emergência dos hospitais. Para essas pessoas, o mais importante é a simples presença de um médico, de alguém que lhes diga o que fazer. Psicologicamente, isso não tem preço - explica a coordenadora municipal de saúde, Marilurdes dos Santos.

Feliz com a recuperação de Júnior, dona Juenice deixou de chorar todos os dias para agora sorrir:

- Meu filho até pensou em se matar, porque não tínhamos como ir ao médico. As visitas da doutora são ótimas. Ela é muito atenciosa.

domingo, julho 25, 1999

Aposentado de 76 anos é morto no Morro da Mineira

Idoso foi baleado dentro de seu bar. Família acusa PMs por assassinato

RIO (Extra) - O aposentado Zacarias Mendes de Souza, de 76 anos, foi morto ontem de madrugada dentro de seu bar, no Morro da Mineira (Catumbi). Família e moradores acusam os policiais do 1 BPM (Estácio) pelo crime.

Testemunhas afirmam que cinco homens fardados surgiram atirando contra a birosca, por volta de 0h20m. Zacarias foi atingido no ombro por um dos três tiros de fuzil que perfuraram a parede e não recebeu socorro imediato.

Segundo parentes de Zacarias, o aposentado agonizou por uma hora, até os policiais irem embora. Só então, foi levado para o Hospital Souza Aguiar, onde morreu. Antes, os PMs teriam recolhido os projéteis disparados. Quatro homens jogavam cartas perto do balcão e um deles, Paulo Jorge de Oliveira, foi ferido na perna por estilhaço de bala.

O presidente da associação de moradores, Ilmar Vitorino, diz que viu, às 23h30m, cerca de dez policiais chegando ao morro:

- Nunca os vi antes. Liguei para o batalhão e pedi ao aspirante Moraes para que viessem aqui. Mas ninguém veio.

O comandante do 1 BPM, coronel Romer Silveira, afirmou que investigará o caso e disse que não foi procurado por ninguém, mas confirmou que dez policiais participaram da ocupação do morro.

Eles atiraram a troco de nada

Márcia Mendes de Souza, de 26 anos, é filha de Zacarias e viu o pai ser baleado

Meu pai era muito querido e respeitado por aqui. Ele sempre fazia um joguinho de cartas com o pessoal no bar. Ontem, ele parou para atender ao Paulo, que pediu uma cachaça. Quando ele se virou no balcão, foi baleado. Os policiais pareciam bêbados. Estavam todos fardados, com roupa da PM e, se os vir de novo, serei capaz de reconhecer dois deles.

Ficamos quase uma hora sem poder socorrer o meu pai. Isso é muita ruindade. Eles atiraram a troco de nada. Na hora, estávamos em casa apenas eu e meu irmão. Ouvimos muitos tiros. Foram tantos que não deu nem para contar. Eles ainda pararam para catar todas as balas, mas consegui pegar três delas e guardei em um saco plástico.

Durante todo o tempo, eles não disseram nada. Só gritaram quando minha mãe chegou. Ela estava na casa da vizinha e eles mandaram que ela ficasse lá dentro. Depois disso, todos eles desceram o morro correndo e foram embora.

sábado, julho 24, 1999

Bloqueando os caminhos da asma

Doença não tem cura mas pode ser controlada com cuidados simples

RIO (Extra) - Se a criança tiver pais asmáticos, é quase certo que também o seja no futuro. Segundo a pediatra Mônica Soares, do Hospital Miguel Couto, só é portador de asma, doença que não tem cura, quem herdá-la geneticamente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, de 10% a 15% da população mundial sofre do mal. Para tirar essa e outras dúvidas, a Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro realizará no próximo sábado o evento "Conhecendo melhor asma e bronquite", no Sesc de Copacabana (Rua Domingos Ferreira, 160), das 9h às 12h, com palestras e atividades recreativas.

Qual é a diferença da asma para a bronquite?

Nenhuma. Ambas são inflamações nos brônquios.

Quais são os sintomas?

Coceiras com lesão descamante, olheiras, tosse seca, coriza. Antes dos 2 anos, a asma pode ser confundida com uma infecção viral. A crise asmática piora com o aumento do esforço respiratório e com a emissão de um som semelhante a um chiado vindo dos pulmões. Se, depois de procurar um médico e fazer nebulização, os sinais piorarem, a criança deve ser levada imediatamente para a emergência de um hospital.

Quais são as chances de uma criança ter a doença?

Se os seus pais a tiverem, são de 50% a 60%.

Como é o tratamento?

Em casa, o quarto da criança deve ser limpo com pano úmido diariamente, a cama não pode ficar encostada na parede e o travesseiro e o colchão devem ser revestidos de material sintético, sendo trocados a cada quatro dias. As roupas podem ser lavadas com água quente para matar os ácaros, micróbios que vivem na poeira e geram reações alérgicas. Bichos de pelúcia são proibidos e livros e jornais não podem se amontoar, acumulando poeira.

A criança pode praticar algum esporte?

Qualquer esporte, para que tenha uma vida próxima do normal. A natação é mais completa por, além de exercitar todos os músculos, também melhorar a coordenação respiratória.

Um asmático pode ter animais em casa?

O ideal é que não tenha. Se tiver, deve mantê-lo fora de casa e lavá-lo semanalmente.

terça-feira, julho 20, 1999

Rede pública às cegas

Repórter percorre 14 unidades de saúde e não consegue fazer exame de grau

RIO (Extra) - Quem precisa de um exame oftalmológico na rede pública pode ficar às cegas, sem saber o que fazer. Ontem, a equipe do EXTRA percorreu, desde as 5h30m, 14 hospitais, postos e centros de saúde municipais, estaduais e federais para tentar marcar uma consulta e o resultado foi desanimador: após enfrentar filas que se formam de madrugada, o repórter não conseguiu realizar um exame de grau.

Segundo a Secretaria municipal de Saúde (SMS), a campanha nacional de cirurgias de catarata para pessoas com mais de 50 anos, do Ministério da Saúde, sobrecarregou toda a rede carioca, fazendo com que novos exames só sejam marcados a partir de agosto. No Hospital Geral de Bonsucesso, por exemplo, realizam-se consultas de emergência, porém que não oferecem exame de grau. Para isso, é preciso marcar novo exame por telefone, que só poderá ser feito após janeiro de 2000.

Sem ter a quem recorrer, as pessoas apelam para óticas, como as denunciadas domingo pelo EXTRA, onde um repórter com a visão perfeita obteve diferentes receitas em consultórios recomendando o uso de óculos.

- A dificuldade de se conseguir um exame na rede pública empurra a população para os consultórios de óticas. É mais fácil e de graça. Isso acaba saindo caro para o paciente, que pode sair de lá com óculos desnecessários - afirma o oftalmologista Juan Jimenes, do Centro Oftalmológico de Ipanema.

- Isso é terrível. A campanha federal, que deve se encerrar neste mês, nos sobrecarregou, mas voltaremos ao normal em agosto - diz o coordenador de programas especiais da SMS, Paulo César Mattos.

Médicos receitam um teste anual

Seriam necessários muitas noites mal dormidas e vários dias de trabalho perdidos para se conseguir cumprir as recomendações dos oftalmologistas: no mínimo, um exame de vista a cada dois anos para adultos que usam óculos, e a cada cinco anos para os que não usam. Já para as crianças, que usam ou não óculos, a indicação é de um exame de grau a cada dois anos.

- Isso é o mínimo. O ideal mesmo é que adultos que usam óculos façam um exame por ano, mas isso seria pedir demais para quem depende da rede pública - diz o oftalmologista Juan Jimenes.

Para o médico, que trabalhou por dez anos no Hospital da Piedade, a explicação para a dificuldade em se marcar um exame de vista não passa pelo Ministério da Saúde, como alega a Secretaria municipal de Saúde do Rio.

- A rede pública até que está bem aparelhada, mas faltam médicos e consultórios. A procura é muito grande para o número de médicos nos hospitais - garante ele, que alerta: exame de vista em óticas visa apenas vender óculos e não ajudar o cliente.

Segundo Geraldo Jacob, dono da rede de óticas Dimensão, uma reunião deve ser marcada hoje, com a Associação de Lojistas de Ótica para se discutir a questão.

No caso das crianças, a falta de um exame é ainda mais grave. Conforme elas crescem, o tamanho do olho muda e o problema oftalmológico pode surgir a qualquer momento. E o pior: as crianças que têm problemas e não se tratam até os 7 anos, perdem a chance de terem o grau corrigido com o uso de óculos.

- Se passar desta idade, a pessoa terá que usar óculos o resto da vida - diz Jimenes.

Segundo ele, uma lei municipal obriga que a escola peça exames de vista e auditivo a toda criança que se matricule para ser alfabetizada:

- Sei de uma ou outra escola particular que cumpre essa lei, apesar de estar provado que problemas auditivos e visuais são os principais fatores de repetência e mau aproveitamento escolar.

Toda alteração no olho da criança deve ser observada e tratada desde seu nascimento. Secreção, inchaço, olho branco ou desviado e terçol de repetição são sinais de que a criança deve ser levada ao oftalmologista imediatamente. Já as que não têm sintomas devem fazer o primeiro exame de vista aos 5 anos.

- Usar um óculos com grau errado ou sem necessidade não piora a doença, mas prejudica a visão e causa dores de cabeça - diz Jimenes, que faz a mesma ressalva para quem precisa de óculos e não os usa.


Com Flávia Junqueira