Lobos disfarçados em pele de cordeiro
Vítimas não têm como se defender de pessoas ligadas à família
RIO (Extra) - Daniella Perez, Érica e Edna Fragoso da Silva e Emygdia Paiva Pinheiro. Todas essas mortes têm em comum o fato de os assassinos serem pessoas próximas como parentes, empregados e colegas de profissão. Em todos eles, as chances de defesa são pequenas já que o inimigo surge de onde menos se espera, como na fábula do lobo disfarçado numa pele de cordeiro.
O único conselho recomendado pelos policiais é ficar atento quanto ao comportamento dessas pessoas.
- A polícia só pode agir a partir do momento em que o cotidiano da vítima apresentar uma alteração. Deve-se observar se alguém está seguindo você, se faz perguntas a seu respeito a pessoas próximas. É preciso aguçar o sexto sentido para evitar surpresas - diz o delegado Cláudio Vieira, da 22 DP (Penha).
Na noite do dia 1, os irmãos Angelo Santana Dal Bianco, de 21 anos, e B., de 17, com a ajuda de Reginaldo da Costa Pina, de 20, degolaram a aposentada Emygdia Pinheiro, de 68, dentro de casa, em Icaraí (Niterói), para roubar jóias e dinheiro. Filhos de um marceneiro que trabalhava para a família dela há 20 anos, os irmãos Bianco a conheciam desde criança.
- A filha dela pediu para que não os recebesse porque não trabalhavam e estavam sempre com estranhos. Mas ela não a ouviu - lamenta o delegado Mário Vianna, da 77 DP (Icaraí).
Daniella Perez foi morta a tesouradas por colega em 1992
O caso mais famoso foi o da atriz Daniella Perez, morta na noite de 28 de dezembro de 1992 pelo ator Guilherme de Pádua e por sua mulher, Paula Thomaz. Os dois contracenavam na novela "De corpo e alma", da Rede Globo. Daniella e Guilherme haviam deixado os estúdios da emissora, na Barra da Tijuca, cada um em seu carro, e pararam na Rua Cândido Portinari.
Houve uma discussão e Daniella foi morta com 18 golpes de tesoura ou de faca em meio a um matagal. Guilherme de Pádua foi condenado a 19 anos de prisão e sua mulher a 18 anos e seis meses, pena posteriormente reduzida para 15 anos. O motivo do crime teria sido a relação doentia do casal, onde a presença da atriz era um elemento estranho.
Proibido de se divorciar pela sua religião, o servente Edimilson Agenor da Silva, de 23 anos, tentou matar a esposa, Ivonete Fragos da Silva, de 23, grávida de oito meses, para se casar com a amante. Na noite do dia 12 de abril, ele ateou fogo no corpo da mulher. Além disso, atacou a pedradas as filhas Érica e Edna, de 2 e 3 anos, incendiando-as também. As meninas morreram e Ivonete deu à luz um menino.
Segundo o delegado Henrique Sampaio, da 35 DP (Campo Grande), o servente não aparentava ter a intenção de matar toda a família. Sampaio é enfático ao expressar a sua opinião em casos assim:
- A mulher dele não desconfiou de nada em momento algum. A vítima não tem como se defender. Não dá para adivinhar o que se passa na cabeça das pessoas.
RIO (Extra) - Daniella Perez, Érica e Edna Fragoso da Silva e Emygdia Paiva Pinheiro. Todas essas mortes têm em comum o fato de os assassinos serem pessoas próximas como parentes, empregados e colegas de profissão. Em todos eles, as chances de defesa são pequenas já que o inimigo surge de onde menos se espera, como na fábula do lobo disfarçado numa pele de cordeiro.
O único conselho recomendado pelos policiais é ficar atento quanto ao comportamento dessas pessoas.
- A polícia só pode agir a partir do momento em que o cotidiano da vítima apresentar uma alteração. Deve-se observar se alguém está seguindo você, se faz perguntas a seu respeito a pessoas próximas. É preciso aguçar o sexto sentido para evitar surpresas - diz o delegado Cláudio Vieira, da 22 DP (Penha).
Na noite do dia 1, os irmãos Angelo Santana Dal Bianco, de 21 anos, e B., de 17, com a ajuda de Reginaldo da Costa Pina, de 20, degolaram a aposentada Emygdia Pinheiro, de 68, dentro de casa, em Icaraí (Niterói), para roubar jóias e dinheiro. Filhos de um marceneiro que trabalhava para a família dela há 20 anos, os irmãos Bianco a conheciam desde criança.
- A filha dela pediu para que não os recebesse porque não trabalhavam e estavam sempre com estranhos. Mas ela não a ouviu - lamenta o delegado Mário Vianna, da 77 DP (Icaraí).
Daniella Perez foi morta a tesouradas por colega em 1992
O caso mais famoso foi o da atriz Daniella Perez, morta na noite de 28 de dezembro de 1992 pelo ator Guilherme de Pádua e por sua mulher, Paula Thomaz. Os dois contracenavam na novela "De corpo e alma", da Rede Globo. Daniella e Guilherme haviam deixado os estúdios da emissora, na Barra da Tijuca, cada um em seu carro, e pararam na Rua Cândido Portinari.
Houve uma discussão e Daniella foi morta com 18 golpes de tesoura ou de faca em meio a um matagal. Guilherme de Pádua foi condenado a 19 anos de prisão e sua mulher a 18 anos e seis meses, pena posteriormente reduzida para 15 anos. O motivo do crime teria sido a relação doentia do casal, onde a presença da atriz era um elemento estranho.
Proibido de se divorciar pela sua religião, o servente Edimilson Agenor da Silva, de 23 anos, tentou matar a esposa, Ivonete Fragos da Silva, de 23, grávida de oito meses, para se casar com a amante. Na noite do dia 12 de abril, ele ateou fogo no corpo da mulher. Além disso, atacou a pedradas as filhas Érica e Edna, de 2 e 3 anos, incendiando-as também. As meninas morreram e Ivonete deu à luz um menino.
Segundo o delegado Henrique Sampaio, da 35 DP (Campo Grande), o servente não aparentava ter a intenção de matar toda a família. Sampaio é enfático ao expressar a sua opinião em casos assim:
- A mulher dele não desconfiou de nada em momento algum. A vítima não tem como se defender. Não dá para adivinhar o que se passa na cabeça das pessoas.
